CAMACARI/BA - Policlinica Regional de saude em simões filho
A Policlínica Regional de Saúde em Simões Filho em prol de operacionalizar o pleno funcionamento da Rede de Atenção à Saúde (RAS) aos pacientes estratificados como sendo de alto e muito alto risco, iniciou a implantação metodológica da Planificação da Atenção à Saúde (PAS). Compõe a metodologia encontros frequentes da Atenção Primária em Saúde (APS) com a Atenção Ambulatorial Especializada (AAE), workshops sobre temáticas específicas, tutorias e treinamentos voltados para duas linhas de cuidado, diabetes e hipertensão. Durante um desses encontros identificamos oportunidade de realizar uma visitação aos municípios envolvidos na planificação, favorecendo assim, o trabalho interdisciplinar e atenção integrada aos pacientes. No dia 14 de junho de 2023 realizamos primeira visita ao município de Dias Dávila, a equipe estava composta de ouvidora, nutricionista e psicóloga, segue descrição da atividade. Os objetivos da visita à APS foram mapear rede de atenção em saúde – RAS do município de Dias Dávila, discutir casos acompanhados conjuntamente pela Atenção Básica e Especializada e matriciar equipe de atenção básica sobre rede de atenção psicossocial, além de fortalecer vínculo e comunicação entre as equipes.
A atenção aos pacientes de risco exige uma reflexão premente acerca do que já foi percorrido, dos desafios, conquistas e impasses. A Política Nacional de Humanização – PNH, criada com objetivo de consolidar os objetivos do Sus, visa: Redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso; Atendimento acolhedor e resolutivo baseado em critérios de risco; Implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo; e outros. Neste sentido, parece que ainda temos muito a avançar para funcionar dentro dessas bases. A falta de retorno dos pacientes tanto para a especializada, quanto para a atenção básica, mostra-se como principal dificultador para um atendimento resolutivo e também para construção de vínculo que promova alguma beneficie aos usuários de risco. A falta de continuidade no atendimento, gerando assistência fragmentada e isolada, têm sido um desafio enfrentado desde a implantação do Sus e persiste como vemos retratados também durante o funcionamento do modelo de planificação, e a visita à atenção básica do município de Dias Dávila só confirma tais desafios. Com a certeza de fazermos parte, como atores, de um Sus que é construído na prática, entoamos mudanças necessárias que envolvem além da disponibilidade individual de cada trabalhador envolvido, mas também aspectos que são políticos e culturais.
Usuário e-Planifica