Comunidade de Práticas

Avaliação de Risco Familiar na Aldeia Indígena Akajutibiro – Polo Base Baía da Tr./PB

POLO BAIA DA TRAIÇÃO/PB - UBSI da Aldeia Akajutibiró

Na Aldeia Akajutibiro, situada no Polo Base Indígena da Baía da Tr./PB, foi realizada mais uma etapa de qualificação do cuidado dentro do PlanificaSUS: a aplicação da Escala de Coelho e Savassi para classificação de risco familiar. Essa iniciativa reuniu médico, enfermeira, técnico de enfermagem e agente indígena de saúde (AIS), compondo um time integrado voltado à compreensão das condições de vida da comunidade.

O encontro teve caráter participativo e reflexivo. A equipe buscou olhar para além das queixas imediatas, analisando como fatores sociais, econômicos, ambientais e de acesso aos serviços interferem diretamente na saúde das famílias. A Escala de Coelho e Savassi, nesse sentido, ofereceu uma base metodológica que ajudou a organizar prioridades, apontando quais famílias necessitam de maior acompanhamento e quais demandam intervenções específicas.

O papel dos AIS foi fundamental, trazendo informações do território, histórico das famílias e percepções culturais que ampliaram a análise. A presença da enfermagem garantiu a escuta qualificada e o registro sistemático, enquanto o médico contribuiu para interpretar os riscos relacionados a condições crônicas e casos que exigem acompanhamento mais próximo. Já o técnico de enfermagem atuou no apoio prático, auxiliando tanto nas visitas quanto na coleta de dados.

Diferente de um atendimento individualizado, a atividade em Akajutibiro promoveu um olhar coletivo e preventivo. A cada família analisada, a equipe discutia não apenas os indicadores numéricos, mas também situações concretas que poderiam fragilizar o bem-estar, como dificuldades no transporte, insegurança alimentar, moradias em situação de risco ou a necessidade de maior suporte em saúde mental.

Ao término da atividade, o grupo destacou que a prática da classificação de risco deve ser incorporada como rotina, e não apenas como ação pontual. Os resultados servirão de guia para o planejamento local, ajudando a estruturar agendas, organizar visitas domiciliares, direcionar campanhas educativas e articular ações com outros setores quando necessário.

A experiência em Akajutibiro demonstrou que o PlanificaSUS, ao ser adaptado à realidade indígena, potencializa a integração entre ciência, gestão e cultura. O trabalho conjunto de médico, enfermagem e AIS não apenas organizou informações, mas também reafirmou o compromisso com uma atenção primária equitativa, participativa e respeitosa com os modos de vida da comunidade.

Assim, a atividade na aldeia se consolidou como mais um exemplo de como o cuidado planejado e coletivo pode transform

#Longitudinalidade #Territorialização #Gestão de Base Populacional #Gestão do Cuidado

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PB

DSEI POTIGUARA