Comunidade de Práticas

Avaliação de Risco Familiar na Aldeia Grupiuna-Marcação/PB

POLO MARCAÇÃO/PB - UBSI da Aldeia Grupiuna

A experiência realizada pela Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena na UBSI Cacique Manoel Francisco Inácio, na Aldeia Grupiuna, pertencente ao Polo Base Indígena de Marcação/PB, 14ª Região de Saúde da Paraíba, destacou-se como prática relevante do PlanificaSUS. Nesse dia, a equipe reuniu-se para aplicar a Avaliação de Risco Familiar pela Escala de Coelho e Savassi, instrumento que identifica vulnerabilidades sociais, econômicas, ambientais e de saúde, classificando famílias em graus de risco e orientando o planejamento do cuidado.

A escolha da Grupiuna buscou conhecer melhor as necessidades locais, considerando que a saúde indígena requer abordagem ampliada, que respeite cultura e território. A Escala de Coelho e Savassi mostrou-se adequada para apoiar o planejamento, pois contempla não apenas condições clínicas, mas também fatores sociais e comunitários.

Durante a atividade, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas, nutricionistas, psicólogos, agentes indígenas de saúde e de saneamento trabalharam em conjunto, revisando prontuários, visitando famílias e discutindo os dados coletados. O olhar interprofissional possibilitou identificar vulnerabilidades como doenças crônicas, saúde mental fragilizada, insegurança alimentar, habitação precária e risco social.

O momento foi também de aprendizado. A equipe refletiu sobre a importância de tornar a avaliação prática contínua, articulando resultados com territorialização e planos de cuidado. Observou-se como a classificação de risco ajuda a organizar atendimentos, priorizar visitas domiciliares, formar grupos de acompanhamento e articular ações intersetoriais.

Outro ponto central foi o vínculo com a comunidade. A avaliação não se restringiu ao preenchimento de dados, mas ocorreu em diálogo com as famílias, respeitando percepções e tradições locais. Isso reforçou o compromisso com um cuidado centrado nas pessoas e em suas realidades.

Assim, a experiência na UBSI Cacique Manoel Francisco Inácio foi mais que o uso de uma escala. Tornou-se exercício de integração, escuta e corresponsabilização, fundamentais para qualificar a Atenção Primária à Saúde Indígena. Ao final, a equipe saiu fortalecida, com informações organizadas para subsidiar ações e com a convicção de que o cuidado deve ser guiado pela equidade, respeito cultural e redução das desigualdades.

Essa vivência na Aldeia Grupiuna consolida-se como experiência exitosa do PlanificaSUS no DSEI Potiguara, reafirmando a importância de estratégias que unem técnica, gestão e sensibilidade cultural na construção de uma saúde indígena de qualidade.

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PB

DSEI POTIGUARA