BAIA DA TRAICAO/PB - UBS Indígena Manoel Higino da Silva
A partir da realização do Workshop 2 do PlanificaSUS, que discute a temática sobre território e gestão de base populacional, a equipe da Unidade Básica de Saúde Indígena da Aldeia Tracoeira, localizada na Paraíba, iniciou o debate sobre o território e suas especificidades.
Na ocasião, a tutora do PlanificaSUS, enfermeira Micheli, juntamente com o dentista, Antônio Neto, e a técnica de enfermagem, Joana Milena, desenvolveram a Oficina Tutorial trazendo um debate sobre territorialização, atualização dos cadastros, classificação de risco familiar, vulnerabilidades, além de questões sociais e culturais.
Os Agentes de Saúde Indígenas - AIS ao se depararem com a ficha da Escala de Risco Familiar de Coelho-Savassi trouxeram para a equipe a necessidade de inclusão de novos critérios de vulnerabilidade que eram observados naquela comunidade, como diarreia, AVC, câncer, doenças degenerativas. Foi realizado ainda uma adaptação da ficha para facilitar o seu preenchimento. A ficha de classificação foi aplicada pela técnica de enfermagem e pelos AIS, mas todos entenderam a importância do uso da ferramenta, incluindo o cacique que esteve presente na atividade.
O período de dispersão ocorreu entre janeiro e março de 2023, onde 100% das famílias foram identificadas de acordo com o escore de risco, sendo: 44 famílias de Risco 1, 7 famílias de Risco 2 e 5 famílias de Risco 3.
Durante a reunião, a equipe analisou o resultado consolidado e discutiu a ampliação do cuidado com foco nas vulnerabilidades que afetam à comunidade. Além disso, propuseram a utilização de cores para classificar os prontuários físicos de acordo com o grau de risco.
A experiência apresentada foi extraída do portfólio da Equipe do Polo Indígena e trouxe um olhar diferenciado para as famílias e questões singulares do território.
Olá, Cássia! Esse trabalho com o DSEI Potiguara nos motiva muito. Obrigada por compartilhar. Foi possível pactuar uma frequência de atualização para o escore das famílias? Caso isso tenha ocorrido, quem da equipe ficou responsável pelo monitoramento?
Gostaria de saber também como ficou pactuada a frequência de visitas domiciliares a essas famílias, visto que a equipe mínima funciona numa lógica um pouco diferente de trabalho predominantemente itinerante, sendo os agentes de saúde e a técnica de Enfermagem os profissionais fixos na aldeia. Quais as ações de cuidado às famílias foram revistas e pactuadas a partir desse movimento de estratificação de risco familiar?