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Seminário: SAÚDE INDIGENA MATERNO INFANTIL
Tivemos a oportunidade de escutar experiências potentes de quem atua nas comunidades indígenas e, acima de tudo, ouvir os próprios indígenas — testemunhas vivas dos desafios enfrentados diariamente.
Muitas falas me marcaram profundamente e me fizeram refletir:
Que tipo de profissionais estamos sendo, se a nossa presença e o nosso cuidado não geram confiança, mas temor?
Essa pergunta nos convida a pensar:
* Estamos praticando uma escuta verdadeira e ativa, que acolhe o outro em sua totalidade — corpo, mente, cultura e espiritualidade?
* Estamos preparados para lidar com a diversidade de saberes, práticas e modos de vida? Ou seguimos presos a um modelo único e excludente de cuidado?
* Será que nossa atuação tem reforçado estigmas e violências institucionais, mesmo que de forma sutil ou inconsciente?
Essa realidade exige mais do que empatia.
Exige formação técnica com consciência crítica, práticas de saúde verdadeiramente interculturais, respeito à autonomia dos povos indígenas e políticas públicas que garantam um SUS com acesso digno, seguro e culturalmente adequado.
Se nossos pacientes têm medo de nós, então algo muito errado precisa ser revisto com urgência.
Que possamos refletir, mudar e ser profissionais que inspiram confiança — e nunca medo.
Usuário e-Planifica
Referência Técnica Estadual
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