GUAMIRANGA/PR
Contextualização:
O envelhecimento da população em todo o Brasil é um desafio em todos os níveis de gestão devido a implicações na assistência à saúde. A Atenção Primária à Saúde (APS) como coordenadora do cuidado e ordenadora dos fluxos da Rede de Atenção à Saúde (RAS) tem a responsabilidade em cadastrar e identificar essa população de acordo com graus de vulnerabilidade visando o cuidado integral. Nesse sentido o município de Guamiranga utiliza a ferramenta IVCF-20 desde 2018, por ser uma ferramenta de aplicação rápida e prática que apoia a APS para reconhecer a demanda que necessita de compartilhamento de cuidado com o Ambulatório PASA.
Objetivos: Descrever o perfil da estratificação de risco da pessoa idosa utilizando a ferramenta IVCF-20.
Resultados/implicação prática: Guamiranga possui 4 unidades de saúde, totalizando 1.709 pessoas com 60 anos ou mais cadastradas. De acordo com o Sistema de Informação da Pessoa Idosa do Paraná, foi possível identificar, entre os idosos estratificados na plataforma, que 38% (n=655) são considerados frágeis, 14% (n=93) estão em risco de fragilização e 48% (n=521) são robustos. A aplicação da estratificação foi realizada de forma multiprofissional, onde todos os profissionais desempenham um papel importante, tanto na aplicação do instrumento quanto no acompanhamento, desde o agente comunitário até o médico. A digitação no sistema foi, em sua maioria, realizada pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e pelos enfermeiros responsáveis de cada unidade. A estratificação de risco é realizada todos os dias da semana, facilitando a vinda dos usuários à unidade. Os idosos frágeis são encaminhados para a AAE para o compartilhamento do cuidado.
Aprendizados: A estratificação de risco permite identificar as necessidades de saúde específicas de cada idoso, considerando fatores como morbidades, histórico de doenças, condições sociais e psicológicas. Isso ajuda a personalizar o cuidado e a intervenção. Também é possível identificar os idosos frágeis que necessitam de um cuidado compartilhado com a AAE e de monitoramento contínuo pela equipe. Por meio da identificação e manejo adequado dos riscos, a estratificação de risco contribui para um envelhecimento mais saudável, permitindo que os idosos mantenham sua independência e participem ativamente da sociedade.