INACIO MARTINS/PR
A coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que pode levar a complicações graves, especialmente em lactentes e grupos vulneráveis. Em municípios de pequeno porte, o controle da doença representa um desafio devido às limitações estruturais dos serviços de saúde e à necessidade de estratégias eficazes para ampliação da cobertura vacinal. Em Inácio Martins, a integração entre a Atenção Primária à Saúde (APS) e a Vigilância em Saúde foi essencial para aprimorar a notificação, monitoramento e resposta às ocorrências de coqueluche. A implantação de protocolos padronizados, o fortalecimento da imunização com dTpa e o uso de tecnologias para comunicação rápida entre profissionais de saúde contribuíram para a redução de casos e prevenção de surtos.
O objetivo foi avaliar a efetividade das estratégias de controle da coqueluche em um município de pequeno porte do Paraná.
A implementação de estratégias integradas resultou no aumento da cobertura vacinal com dTpa (de 4,14% em 2022 para 158,41% em 2024), sendo ofertadas aos profissionais da saúde e educação, além de gestantes, reduzindo significativamente os casos de coqueluche no município estudado. O fortalecimento da comunicação entre APS e Vigilância em Saúde permitiu maior agilidade na notificação e monitoramento de casos suspeitos, otimizando a resposta às ocorrências. Além disso, a capacitação das equipes e a utilização de protocolos padronizados contribuíram para a melhoria na assistência prestada, garantindo um atendimento mais seguro e eficiente. Também foram promovidas informações ao público e realizadas reuniões com os profissionais da educação sobre o agravo. Os resultados reforçam a importância da continuidade dessas ações, além da necessidade de investimentos constantes para manter os avanços obtidos e evitar novos surtos da doença.
Os principais pontos fortes identificados incluem a melhoria da comunicação entre os profissionais de saúde, a ampliação da cobertura vacinal com dTpa e a implementação de protocolos padronizados, que garantiram maior segurança e eficiência no controle da coqueluche. A colaboração entre APS e Vigilância em Saúde demonstrou ser essencial para a resposta rápida e eficaz aos casos. No entanto, desafios persistem, como a resistência de parte da população à vacinação, dificuldades na notificação oportuna de casos e a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura e capacitação. Para superar essas barreiras, é fundamental fortalecer a educação em saúde, investir em campanhas de conscientização e manter a qualificação contínua dos profissionais, assegurando um controle eficaz e sustentável da coqueluche no município.