FOZ DO IGUACU/PR - 9 Regional de Saúde
Trata-se de um resumo do meu trabalho de conclusão de curso da pós graduação em Gestão da Saúde da Universidade Federal da Integração Latino-Americana cujo o titulo original é: A VISITA DOMICILIAR COMO AÇÃO PRECÍPUA DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE: PROPOSTA DE OPERACIONALIZAÇÃO DA PRÁTICA COM A METODOLOGIA DO PLANIFICASUS.
O presente trabalho foi realizado a partir de demandas identificadas no monitoramento das ações realizadas junto as UBS participantes do Planificasus da abrangência da 9ª Regional de Saúde do Estado do Paraná. Observamos que a visita domiciliar é o instrumento mais utilizados pelos ACS nos atendimentos as famílias e indivíduos no território. Para tanto, consideramos a hipótese que a realização desta ação pelo ACS é complexa e não deve ser simplificada, especialmente quando pensamos na diversidade e nas especificidades de arranjos familiares existentes no território e que demandam cuidados em saúde específicos e individuais. Ao realizar a visita domiciliar o ACS precisa ter clareza de como operacionalizar este instrumento, de modo a não violar os direitos das pessoas em sua privacidade. Deste, modo o trabalho teve o objetivo de propor metas metodológicas para qualificar a prática dos ACSs na visita domiciliar.
A partir deste objetivo, realizamos um resgate histórico do surgimento da profissão na assistência à saúde, a inclusão da visita domiciliar nas bases normativas da profissão e realizamos uma proposta de intervenção a partir da metodologia do PlanificaSUS de seis metas para fortalecer a operacionalização da visita domiciliar no cotidiano do ACS.
A primeira meta refere-se à caracterização da visita domiciliar a partir do seu objetivo, ou seja, “o propósito de ação” e o tempo necessário para intervenção.
A segunda meta é sobre a postura, atitudes e comportamento do profissional ACS, que devem ser fundamentados em princípios éticos, especialmente quando realizar a visita domiciliar.
A terceira meta faz menção à previsibilidade de impedimento ético na realização de visitas domiciliares a familiares, amigos ou em situação que o profissional não se considere apto por questões particulares ou por insuficiência de capacidade técnica.
A quarta meta envolve o desenvolvimento de escuta qualificada e um olhar afinado para identificar, na realidade de vida do usuário ou da família, potenciais fatores de risco à sua condição de saúde.
A quinta meta está relacionada à comunicação escrita das informações observadas na visita domiciliar, bem como a descrição dos encaminhamentos realizados para outros serviços e profissionais.
Por fim, a sexta meta envolve a criação de um Procedimento Operacional Padrão (POP) para compartilhamento das demandas identificadas em visita domiciliar com os demais membros da equipe ESF, multidisciplinar e outros equipamentos da Rede de Atenção.
Conclusão: O PlanificaSUS tem se caracterizado por ser uma metodologia de Educação Permanente que contribui para mudanças do processo de trabalho.
Usuário e-Planifica